Um dia depois de publicado, foi a voto na Assembléia Legislativa do Maranhão o projeto que estatiza a Fundação José Sarney.
Sob protestos da oposição, minoritária, os deputados estaduais que apoiam o governo Roseana Sarney (PMDB) aprovaram o modelo de tramitação da proposta.
Coube ao deputado Jota Pinto (PR), aliado da família Sarney, sugerir que a votação ocorra em “sessão extraordinária”, sob “regime de urgência”.
O regime de toque de caixa foi pedido por Roseana, filha do presidente do Senado e autora do projeto que estatiza a fundação do pai.
Aprovado o modelo, o projeto, cujo teor foi esmiuçado aqui, seguiu para a Comissão de Constituição e Justiça.
Ali, os governistas tramavam uma aprovação instantânea. A proposta seria devolvida ao plenário ainda nesta terça (18/10/2011).
Porém, o deputado Marcelo Tavares (PSB), líder do bloco de oposição, pediu vista do projeto. Com isso, a aprovação foi adiada para esta quarta (19/10/2011).
Rendida à maioria pró-Sarney, a oposição fez em plenário o que lhe resta: esperneou. Em discurso, líder Marcelo Tavares indagou:
“Será o povo do Maranhão que pagará todos os custos deste culto à personalidade de um cidadão maranhense que, se por um lado teve um enorme sucesso na sua vida, deixou o Estado do Maranhão como um dos piores Estados da Federação?”
O coro dos foi reforçado por Rubens Júnior (PCdoB), Bira do Pindaré (PT) e Neto Evangelista (PSDB).
A tróica realçou que Roseana propôs a estatização da fundação do pai sem ao menos informar quando a novidade vai custar aos cofres do Estado.
Os deputados não sabem nem mesmo quanto são os funcionários da fundação, que passarão a receber como servidores do governo.
A deputada Gardênia Castelo (PSDB), outra crítica da novidade, questionou a falta de prioridade embutida na urgência.
“Eu não compreendo como uma Casa do Povo pode tratar de forma tão diferente e com pesos tão desiguais uma questão como o piso salarial dos enfermeiros e a urgência na criação da Fundação, sendo o primeiro um projeto de interesse público e o segundo um projeto de interesse particular.”
No instante em que os deputados discusavam, as galerias da Assembléia estavam apinhadas de professores da rede pública de ensino do Maranhão.
A gestão Roseana discute a revisão do Estatuto do Magistério. Receando perder direitos, os professores pedem ao apoio dos deputados. E Gardênia:
“É lamentável que, no Maranhão, as prioridades sejam equivocadas, que o governo não tenha sensibilidade para ouvir e atender uma categoria tão importante, mas se disponha a aprovar em regime de urgência a fundação da Memória Republicana [nome da versão estatal da Fundação Sarney].”
Eterno defensor de Sarney na Assembléia, o deputado Magno Bacelar (PV) contestou os opositores. Disse que a Fundação Sarney precisa de amparo oficial.
Por que? É importante para a vida cultural do Maranhão. Na falta de melhor argumento, Bacelar recitou dado anotada em mensagem de Roseana à Assembléia:
“Mais de 135 mil pessoas já visitaram a Fundação José Sarney, que reúne um dos acervos mais importantes do Brasil.”
Fonte: Josias de Souza
Sob protestos da oposição, minoritária, os deputados estaduais que apoiam o governo Roseana Sarney (PMDB) aprovaram o modelo de tramitação da proposta.
Coube ao deputado Jota Pinto (PR), aliado da família Sarney, sugerir que a votação ocorra em “sessão extraordinária”, sob “regime de urgência”.
O regime de toque de caixa foi pedido por Roseana, filha do presidente do Senado e autora do projeto que estatiza a fundação do pai.
Aprovado o modelo, o projeto, cujo teor foi esmiuçado aqui, seguiu para a Comissão de Constituição e Justiça.
Ali, os governistas tramavam uma aprovação instantânea. A proposta seria devolvida ao plenário ainda nesta terça (18/10/2011).
Porém, o deputado Marcelo Tavares (PSB), líder do bloco de oposição, pediu vista do projeto. Com isso, a aprovação foi adiada para esta quarta (19/10/2011).
Rendida à maioria pró-Sarney, a oposição fez em plenário o que lhe resta: esperneou. Em discurso, líder Marcelo Tavares indagou:
“Será o povo do Maranhão que pagará todos os custos deste culto à personalidade de um cidadão maranhense que, se por um lado teve um enorme sucesso na sua vida, deixou o Estado do Maranhão como um dos piores Estados da Federação?”
O coro dos foi reforçado por Rubens Júnior (PCdoB), Bira do Pindaré (PT) e Neto Evangelista (PSDB).
A tróica realçou que Roseana propôs a estatização da fundação do pai sem ao menos informar quando a novidade vai custar aos cofres do Estado.
Os deputados não sabem nem mesmo quanto são os funcionários da fundação, que passarão a receber como servidores do governo.
A deputada Gardênia Castelo (PSDB), outra crítica da novidade, questionou a falta de prioridade embutida na urgência.
“Eu não compreendo como uma Casa do Povo pode tratar de forma tão diferente e com pesos tão desiguais uma questão como o piso salarial dos enfermeiros e a urgência na criação da Fundação, sendo o primeiro um projeto de interesse público e o segundo um projeto de interesse particular.”
No instante em que os deputados discusavam, as galerias da Assembléia estavam apinhadas de professores da rede pública de ensino do Maranhão.
A gestão Roseana discute a revisão do Estatuto do Magistério. Receando perder direitos, os professores pedem ao apoio dos deputados. E Gardênia:
“É lamentável que, no Maranhão, as prioridades sejam equivocadas, que o governo não tenha sensibilidade para ouvir e atender uma categoria tão importante, mas se disponha a aprovar em regime de urgência a fundação da Memória Republicana [nome da versão estatal da Fundação Sarney].”
Eterno defensor de Sarney na Assembléia, o deputado Magno Bacelar (PV) contestou os opositores. Disse que a Fundação Sarney precisa de amparo oficial.
Por que? É importante para a vida cultural do Maranhão. Na falta de melhor argumento, Bacelar recitou dado anotada em mensagem de Roseana à Assembléia:
“Mais de 135 mil pessoas já visitaram a Fundação José Sarney, que reúne um dos acervos mais importantes do Brasil.”
Fonte: Josias de Souza
Quem ainda lembra da OPERAÇÃO FAKTOR anteriormente denominada Operação Boi Barrica?
Foi uma operação da Polícia Federal Brasileira que investigou Fernando Sarney, suspeito de fazer caixa dois na campanha de Roseana Sarney na disputa pelo governo do Maranhão em 2006. Antes das eleições, ele teria sacado 2 milhões de reais em dinheiro vivo. O nome Boi Barrica refere-se a um grupo folclórico do Maranhão que tem como padrinhos a família Sarney. A operação teve que ser rebatizada devido a reclamações do grupo boi-bumbá Boizinho Barrica.
Fernando Sarney foi indiciado por formação de quadrilha, gestão de instituição financeira irregular, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Todavia, nega todas as acusações.
Em consequência desta operação a Polícia Federal gravou ligações que mostraram indícios de nepotismo praticados por Sarney onde interveio ao entregar um cargo ao namorado de sua neta, juntamente com Agaciel Maia.
Em 2011 o Superior Tribunal de Justiça (Ministros da 6ª Turma) anulou as provas que a Polícia Federal havia encontrado por tê-las considerado ilegais. As investigações, desta forma, retornam quase a seu ponto de início.
Fonte: Wikipedia
Fernando Sarney foi indiciado por formação de quadrilha, gestão de instituição financeira irregular, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Todavia, nega todas as acusações.
Em consequência desta operação a Polícia Federal gravou ligações que mostraram indícios de nepotismo praticados por Sarney onde interveio ao entregar um cargo ao namorado de sua neta, juntamente com Agaciel Maia.
Em 2011 o Superior Tribunal de Justiça (Ministros da 6ª Turma) anulou as provas que a Polícia Federal havia encontrado por tê-las considerado ilegais. As investigações, desta forma, retornam quase a seu ponto de início.
Fonte: Wikipedia
Nenhum comentário:
Postar um comentário