
No início da noite, no auditório do 7º BIS, o General recebeu um grupo de 30 manifestantes e ouviu o deputado Márcio Junqueira (DEM-RR) ler um texto com ataques à Polícia Federal, ao presidente Lula e ao ministro da Justiça, Tarso Genro. No documento, a PF é acusada de ser arbitrária e proteger o Conselho Indígena de Roraima (CIR). Diz ainda que a polícia só atua contra adversários de Lula.
Perguntado se concordava com a posição do General Heleno, que criticou a demarcação em Raposa, o general disse: — O General Heleno falou o que precisava ser falado.
Ao discursar, disse que a demarcação na fronteira traz riscos à soberania nacional, e recomendou aos presentes que defendam seus direitos na Justiça.
Monteiro considerou “bastante apropriado” o fato de o governo do estado ter contestado no Supremo Tribunal Federal a demarcação e a operação da PF.
— Que usem as forças da lei para terem seus direitos garantidos — disse.
Quando defendeu as terras dos arrozeiros, o general foi aplaudido. O militar disse que eles não devem aceitar que os índios ligados ao CIR proíbam circulação de alimentos e combustíveis no interior da área, o que passou a ocorrer depois que agentes da PF e da Força Nacional de Segurança chegaram na reserva, há um mês: — Cobrem respeito à propriedade de vocês e exijam que possa passar comida, combustível.
A terra que está lá, ainda que dentro da Raposa, ainda está sob o nome de suas famílias. São dos senhores.
Numa crítica aos indígenas do CIR, o General afirmou que esses índios se “arvoram como donos das terras” e fazem o controle de quem deve ou não passar naquelas terras.
Fonte: O Globo