PF investiga relação de políticos com Ciap
Investigação apura a participação de agentes públicos no desvio de cerca de R$ 300 millhões de recursos federais enviados às prefeituras
Os trabalhos relativos à ''Operação Parceria'', que desbaratou um esquema criminoso que já teria desviado cerca de R$ 300 milhões em recursos federais por meio da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Centro Integrado de Apoio Profissional (Ciap), sediada em Curitiba, serão direcionados agora para confirmar o envolvimento de agentes públicos no crime.
A ação criminosa foi desmontada por uma investigação iniciada em 2008 pela Controladoria Geral da União (CGU) e conta com a colaboração da Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público Federal. A fraude teria sido gestada em Londrina, mas convênios firmados com outros dois municípios - Rolândia e Campo Largo - também são alvo das investigações que abrangem o Paraná e outros quatro Estados (Goiás, Maranhão, Pará e São Paulo).
O delegado da Polícia Federal em Londrina, Evaristo Kuceki, precisou que todo o material apreendido no cumprimento de 40 mandados de busca e apreensão foram remetidos para Curitiba. A expectativa, segundo Kuceki, é que a perícia reforce os fortes indícios já existentes de envolvimento de agentes públicos de prefeituras dos cinco Estados investigados no esquema de desvio de repasses feitos pelos ministérios da Saúde e do Trabalho à Oscip.
''Nossa estratégia será desmembrar a investigação em cadernos autônomos sobre o envolvimento de agentes públicos'', complementou o delegado. Conforme a CGU, nos últimos cinco anos o Ciap teria faturado R$ 1 bilhão. O depoimento de um ex-funcionário do setor financeiro do Ciap, ouvido como testemunha, teria dado detalhes do funcionamento do esquema criminoso.
A PF ainda caça três suspeitos de envolvimento no esquema que estão foragidos. Um deles seria Fernando José Mesquita, advogado de Dinocarme Aparecido Lima, presidente do Conselho Administrativo do Ciap e dono da Faculdade Integrada Inesul. Dinocarme está entre os 11 presos na PF em Londrina e na carceragem feminina do 3º Distrito Policial. Também foram detidos a esposa dele e diretora-geral da Inesul, Vergínia Mariani, o ex-diretor institucional Paulo Chanan e Juan Carlos Monasterio, lobista da Ciap junto aos ministérios e prefeituras. As contas bancárias, dois aviões, dezenas de carros e quase R$ 130 mil apreendidos foram indisponibilizados pela Justiça.
Em Londrina, o Ciap teria faturado R$ 34 milhões no período investigado e o rombo chegaria a R$ 10,2 milhões. Em Rolândia, a perícia da CGU descobriu um desfalque de R$ 2,4 milhões de um total repassado de R$ 12,9 milhões. Em Campo Largo, o desvio somaria R$ 2 milhões de um total de R$ 9 milhões recebidos.
Procurada, a assessoria do prefeito de Londrina, Barbosa Neto (PDT), afirmou que ele falará sobre o assunto na manhã de hoje em uma coletiva. A PF não revelou quem seriam os defensores dos acusados presos.
Investigação apura a participação de agentes públicos no desvio de cerca de R$ 300 millhões de recursos federais enviados às prefeituras
Os trabalhos relativos à ''Operação Parceria'', que desbaratou um esquema criminoso que já teria desviado cerca de R$ 300 milhões em recursos federais por meio da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Centro Integrado de Apoio Profissional (Ciap), sediada em Curitiba, serão direcionados agora para confirmar o envolvimento de agentes públicos no crime.
A ação criminosa foi desmontada por uma investigação iniciada em 2008 pela Controladoria Geral da União (CGU) e conta com a colaboração da Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público Federal. A fraude teria sido gestada em Londrina, mas convênios firmados com outros dois municípios - Rolândia e Campo Largo - também são alvo das investigações que abrangem o Paraná e outros quatro Estados (Goiás, Maranhão, Pará e São Paulo).
O delegado da Polícia Federal em Londrina, Evaristo Kuceki, precisou que todo o material apreendido no cumprimento de 40 mandados de busca e apreensão foram remetidos para Curitiba. A expectativa, segundo Kuceki, é que a perícia reforce os fortes indícios já existentes de envolvimento de agentes públicos de prefeituras dos cinco Estados investigados no esquema de desvio de repasses feitos pelos ministérios da Saúde e do Trabalho à Oscip.
''Nossa estratégia será desmembrar a investigação em cadernos autônomos sobre o envolvimento de agentes públicos'', complementou o delegado. Conforme a CGU, nos últimos cinco anos o Ciap teria faturado R$ 1 bilhão. O depoimento de um ex-funcionário do setor financeiro do Ciap, ouvido como testemunha, teria dado detalhes do funcionamento do esquema criminoso.
A PF ainda caça três suspeitos de envolvimento no esquema que estão foragidos. Um deles seria Fernando José Mesquita, advogado de Dinocarme Aparecido Lima, presidente do Conselho Administrativo do Ciap e dono da Faculdade Integrada Inesul. Dinocarme está entre os 11 presos na PF em Londrina e na carceragem feminina do 3º Distrito Policial. Também foram detidos a esposa dele e diretora-geral da Inesul, Vergínia Mariani, o ex-diretor institucional Paulo Chanan e Juan Carlos Monasterio, lobista da Ciap junto aos ministérios e prefeituras. As contas bancárias, dois aviões, dezenas de carros e quase R$ 130 mil apreendidos foram indisponibilizados pela Justiça.
Em Londrina, o Ciap teria faturado R$ 34 milhões no período investigado e o rombo chegaria a R$ 10,2 milhões. Em Rolândia, a perícia da CGU descobriu um desfalque de R$ 2,4 milhões de um total repassado de R$ 12,9 milhões. Em Campo Largo, o desvio somaria R$ 2 milhões de um total de R$ 9 milhões recebidos.
Procurada, a assessoria do prefeito de Londrina, Barbosa Neto (PDT), afirmou que ele falará sobre o assunto na manhã de hoje em uma coletiva. A PF não revelou quem seriam os defensores dos acusados presos.
Fonte: Folha de Londrina
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