Os três computadores portáteis de Raúl Reyes, o número 2 das Farc, recolhidos pelos militares colombianos, são uma fonte de informações sobre os bastidores do terrorismo como poucas vezes se viu.
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Pela leitura dos arquivos digitais percebeu-se que o acampamento servia como uma minicentral terrorista internacional.
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A correspondência entre o secretariado das Farc e Hugo Chávez confirma a ajuda financeira do presidente venezuelano. Os terroristas receberam 300 milhões de dólares e a oportunidade de criar empresas de investimentos na Venezuela, com possibilidade de obter contratos públicos no país. Chávez, veja só, tem uma dívida de gratidão pelos 150 000 dólares presenteados pelas Farc quando ele esteve preso.
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Registros comprometedores mostram que o presidente do Equador, Rafael Correa, enviou seu ministro de Segurança Interna e Externa, Gustavo Larrea, para "oficializar as relações com a direção das Farc". Correa estaria disposto a "trocar comandos da força pública com comportamento hostil" às Farc na região. Em troca, pediu às Farc que coordenassem "cursos de organização de massas para nativos da fronteira".
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O Brasil é mencionado nos documentos como um dos possíveis membros do Grupo Bolívar, conjunto de países que reconheceriam as Farc como força beligerante e receberiam terroristas em seu território.
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A diplomacia terrorista não se limitava à América Latina. As Farc mantinham contatos com partidos comunistas europeus e com os terroristas bascos da ETA.
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Com base num dos arquivos de Reyes, a polícia tailandesa pôde prender, na semana passada, o mais notório traficante internacional de armas, o tadjique Victor Bout. Um sinistro fornecedor de armamentos para as Farc e para as guerras tribais africanas, ele serviu de inspiração para o personagem vivido por Nicolas Cage no filme O Senhor das Armas.
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