quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Operação Monte Carlo | Polícia Federal | Brasil

Operação Monte Carlo
PF e MPF desmontam quadrilha de jogo ilegal em Goiás

Em 29/02/2012, o Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) e a Polícia Federal no Distrito Federal (PF/DF), com auxílio do Escritório de Inteligência da Receita Federal em Brasília, deflagraram uma operação contra a máfia dos caça-níqueis com atuação no Estado de Goiás e mais cinco Estados da Federação. O esquema, que funcionava há mais de 17 anos, segundo a investigação, seria coordenado pelo empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que contaria com a conivência de algumas autoridades da segurança pública. A operação, batizada Monte Carlo, cumpriu oito mandados de prisão preventiva, 27 prisões temporárias, 10 ordens de condução coercitiva e buscas e apreensões em diversas localidades. Cachoeira foi preso em Goiânia e levado a Brasília, junto com toda a cúpula da organização. Após serem ouvidos, os suspeitos serão levados a um presídio federal.

Além de Cachoeira, o empresário e ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Wladmir Garcez, também foi preso. Ele prestou depoimento nesta manhã na Polícia Federal em Goiânia. A informação foi confirmada pelo advogado de Garcez, Neiron Cruvinel. Ele afirmou que pedirá a anulação da prisão do empresário. Caso o pedido seja negado, ele deve ser transferido para Brasília.

A investigação durou 15 meses e identificou 44 integrantes infiltrados na área de segurança pública: dois delegados de Polícia Federal de Goiânia, seis delegados da Polícia Civil de Goiás; três tenentes-coronéis, um capitão, um major, dois sargentos, quatro cabos e 18 soldados da Polícia Militar (PM) de Goiás; um auxiliar administrativo da PF em Brasília; um policial rodoviário federal, um agente da polícia civil de Goiás e um agente da polícia civil de Brasília; um sargento da Polícia Militar de Brasília, um servidor da Polícia Civil de Goiás; um servidor da Justiça Estadual de Valparaíso de Goiás.

Cartel

Segundo a PF, a quadrilha contava com operadores diretos de pontos de jogo ilegal em Goiânia e Valparaíso de Goiás. Os “cassinos” funcionavam em galpões, onde as máquinas eram instaladas. As investigações apontam que o esquema funcionava como um cartel e era operado a partir de um centro de comando, localizado em Goiânia e liderado por Carlinhos Cachoeira. Segundo a PF, era ele quem determinava o fechamento e abertura de casas de jogos no território de seu domínio.

Verificou-se também que, por meio dos integrantes da quadrilha infiltrados na polícia, Cachoeira controlaria a abertura de pontos de jogos concorrentes dentro de seu território. Caso alguém ousasse abrir cassinos clandestinos no território dominado pelo grupo, policiais eram demandados a fechar tais casas. Esses policiais também agiam como informantes, passando informações sobre operações realizadas pelos órgãos de segurança pública, dando tempo ao grupo para que as máquinas fossem transferidas.

Segundo os procuradores da República, Daniel de Resende Salgado, Lea Batista de Oliveira e Marcelo Ribeiro de Oliveira, o grupo funcionava como uma empresa, com estrutura organizacional piramidal, onde cada membro tinha funções muito bem definidas. Segundo a PF, o valor das propinas dependia do posto que o membro da organização ocupava e variava de R$ 200 a R$ 4 mil por mês. As investigações apontam também que apenas um dos pontos de jogo tinha rendimento médio mensal de R$ 3 milhões.

Infiltrados

Os procuradores afirmam que a existência da quadrilha por quase duas décadas deu tempo para que ela montasse uma estrutura estável, com larga influência em vários órgãos do Estado. A participação da Polícia Federal do DF é uma prova da influência do grupo sobre o Poder Público no Estado. Os agentes da sede da PF na capital Federal tiveram de ser usados para que servidores infiltrados em Goiás não denunciassem as investigações.

“O recrutamento do braço armado do Estado pelo crime como instrumento de cobertura e proteção ostensiva ou velada dos estabelecimentos de jogos e da prática delitiva controlada por um poder centralizado e hierarquizado, foi capaz de gerar a desarticulação do Estado no enfrentamento à criminalidade. Tornou, em outras palavras, o Estado e a própria sociedade mais vulnerável”, afirma o parecer dos procuradores.

Fonte: O Popular

PF prende 20 em operação contra esquema de jogos ilegais

A PF (Polícia Federal) prendeu nesta quarta-feira, 29/02/2012, 20 pessoas sob suspeita de integrar uma quadrilha especializada em explorar máquinas caça-níqueis. Segundo a investigação, o grupo atuava havia 17 anos.

De acordo com a polícia, o esquema de jogos ilegais acontecia em Goiás, mas as prisões aconteceram em Goiás, Espírito Santo, Pará, Rio de Janeiro e Tocantins.

Policiais e servidores públicos faziam parte da quadrilha, de acordo com a PF. Entre eles estão dois policiais federais que vazavam informações sobre investigações, seis delegados da polícia civil, um policial rodoviário federal e 29 policiais militares, entre soldados e oficiais, como major, capitães e tenentes.

Eles prestavam serviços como de proteção à quadrilha ou faziam investigações para fechar os negócios ilegais de adversários do grupo. Também foi preso um auxiliar administrativo da PF no Distrito Federal e um servidor da Justiça de Goiás.

As propinas eram pagas para os policiais e variavam de R$ 200 por serviço prestado a R$ 4.000 mensais.

O líder do grupo, segundo a PF, é o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que ficou conhecido em 2004 após divulgação de vídeo que o flagrou oferecendo propina a Waldomiro Diniz, ex-assessor de José Dirceu. O caso foi o primeiro escândalo de corrupção do governo Lula.

A Operação Monte Carlo foi desencadeada pela Polícia Federal e Ministério Público Federal, com auxílio da Receita Federal. Foi encontrada uma contabilidade da quadrilha. Apenas uma casa de jogo teve lucro líquido de R$ 3 milhões em seis meses.

Ao todo, a operação busca cumprir 35 mandados de prisão, 37 de busca e apreensão e dez ordens de condução coercitiva (quando a pessoa é encaminhada para depoimentos), em cinco Estados.

Fonte: Folha UOL

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Força Aérea dos Estados Unidos cancela compra do Super Tucano A-29

WASHINGTON, 28 Fev 2012 (Reuters) - A Força Aérea dos Estados Unidos informou nesta terça-feira que está cancelando contrato de US$ 355 milhões para fornecimento de 20 aviões Super Tucano, da Embraer (EMBR3), citando problemas com a documentação.

A Força Aérea disse que vai investigar e refazer a licitação, que também está sendo contestada na Justiça dos EUA pela norte-americana Hawker Beechcraft. O contrato havia sido concedido pela Força Aérea dos EUA para a Embraer e a parceira Sierra Nevada Corp.

"Apesar de buscarmos a perfeição, nós as vezes não atingimos nosso objetivo, e quando fazemos isso temos que adotar medidas de correção", disse o secretário da Força Aérea, Michael Donley, em comunicado. "Uma vez que a compra ainda está em litígio, eu somente posso dizer que o principal executivo de aquisições da Força Aérea, David Van Buren, não está satisfeito com a qualidade da documentação que definiu o vencedor.

Procurada pela Reuters, a Embraer não se pronunciou até a publicação desta reportagem.

O comandante da área de materiais da Força Aérea dos Estados Unidos, Donald Hoffman, ordenou uma investigação sobre a situação, afirmou o porta-voz da Força Aérea.

Em 30 de dezembro, a Força Aérea dos Estados Unidos definiu que a Sierra Nevada e a Embraer tinham obtido o contrato para venda de 20 aviões Super Tucano A-29, assim como treinamento e suporte. Entretanto, a licitação foi paralisada em janeiro, quando a Hawker Beechcraft entrou na Justiça questionando a decisão.

No ocasião, a Força Aérea disse que acreditava que a competição e a avaliação para seleção do fornecedor tinham sido justas, abertas e transparentes.

O Super Tucano A-29 foi desenvolvido para missões de contra-insurgência e atualmente é usado por cinco forças aéreas, e ainda existem outras encomendas, segundo a Embraer.

Fonte: UOL

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Operação Água Verde | Polícia Federal | Foz do Iguaçu/PR

Operação Água Verde prende traficantes de armas e drogas em Foz do Iguaçu

Uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas e munições foi desmontada pela Polícia Federal (PF), em Foz do Iguaçu/PR. A Operação Água Verde deflagrada nesta terça-feira (14/02/2012), permitiu à PF chegar até o grupo criminoso, que atuava na região da fronteira com o Paraguai, e era baseado nas cdades de Foz do Iguaçu, Missal e Itaipulândia.

Utilizando-se de barcos que cruzavam o Lago de Itaipu, a quadrilha trazia grande quantidade de drogas e munições vindas do Paraguai, que eram posteriormente transportadas às diversas regiões do país, geralmente escondidas em cargas de produtos lícitos.

As investigações sobre a organização já são feitas pelos policiais do Núcleo de Operações da DPF/FIG/PR investigaram a organização há aproximadamente dez meses. Durante esse período, forma apreendidas cerca de vinte toneladas de maconha, 14 kg de crack e 12.500 munições de calibres restritos, inclusive de fuzil. 15 pessoas foram presas em flagrante.

Com a Operação Água Verde, 24 prisões preventivas foram expedidas e estão sendo realizadas buscas em 19 endereços, em cumprimento a mandados do Juizado da 3ª Vara Federal Criminal de Foz do Iguaçu/PR.

Fonte: Banda B