segunda-feira, 17 de maio de 2010

Prisão Preventiva Dinocarme, Verginia, Monastério e Fernando Mesquita | CIAP | Operação Parceria

DESVIO » "OPERAÇÃO PARCERIA"

"Caso Ciap": seis acusados de desvio têm prisão preventiva decretada
Quatro deles estão presos e dois continuam foragidos. Oito pessoas foram liberadas no último sábado (15/05/2010)

Os fortes indícios de desvio de dinheiro público, detectados em operação conjunta da Polícia Federal, Receita Federal e Controladoria Geral da União (CGU), levaram a Justiça do Paraná a determinar, na manhã de sábado (15/05/2010), a prisão preventiva de quatro acusados do "escândalo do Ciap".

Assim, continuam detidos o presidente do Ciap (Centro Integrado de Apoio Profissional), Dinocarme Aparecido Lima, sua esposa, Verginia Mariani, o empresário Juan Carlos Monastério, e o advogado Fernando José Mesquita. Eles são acusados de liderar um esquema milionário de desvio de dinheiro por meio de contratos firmados com prefeituras para oferecer mão-de-obra na área da saúde.

Somente em Londrina/PR - de onde a organização comandava o esquema, segundo as investigações policiais - teriam sido desviados R$ 10 milhões em cinco anos. O Ciap gerencia a oferta de mão-de-obra para o Samu, Policlínica, programa Saúde da Família e setor de Controle de Endemias da Prefeitura de Londrina. Por mês, o Centro recebe em média R$ 2,6 milhões.

Dois foragidos

Duas pessoas também acusadas de integrar o esquema criminoso estão foragidas. Elas tiveram prisões preventivas decretadas no último sábado e podem ser presas a qualquer momento. Em entrevista coletiva na última terça-feira (11/05/2010), o delegado da Polícia Federal em Londrina, Evaristo Kuceki, informou que se tratam de empresários londrinenses.

Outras oito pessoas que foram detidas na terça-feira (11/05/2010), quando a "Operação Parceria" foi deflagrada, foram colocadas em liberdade no sábado (16/05/2010), após prestar depoimentos.

O esquema, segundo a Polícia Federal, funcionava em cinco Estados - além do Paraná, também em São Paulo, Goiás, Pará e Maranhão. Desde 2005, o grupo teria se apropriado de aproximadamente R$ 300 milhões. Os serviços eram contratados sem necessidade de licitação - privilégio permitido pela configuração jurídica do Ciap, que é uma OSCIP - Organização da Sociedade civil de Interesse Público. A organização teria obtido também vultosos benefícios fiscais, inclusive isenção.

Os acusados poderão responder judicialmente por vários crimes, incluindo os de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, falsificação de documentos e fraude em licitação pública.
Fonte: Londrix

Prisão Padre Silvio Andrei | Ibiporã | RMC Londrina/PR

Ibiporã - O padre Silvio Andrei, 40 anos, foi preso ontem (16/05/2010), por volta da 1 horas, em Ibiporã (Norte do Paraná). Segundo a Polícia Militar, ele é acusado dos crimes de corrupção ativa, embriaguez ao volante e ato obsceno. Ele é pároco da Paróquia Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, em São Paulo, mas frequentemente está na região. O advogado de Andrei contesta a versão dos policiais.

De acordo com a PM, o padre, que dirigia um Fiat Idea, estava embriagado e nu. Ele teria abordado alguns policiais e funcionários de uma empresa na Avenida Paraná (Centro), e feito uma proposta obscena. Em seguida, ele saiu com o carro e abordou um adolescente, que conseguiu fugir, segundo a polícia.

Ao ser alcançado pelos policiais, Andrei teria oferecido dinheiro para ser liberado. Policiais disseram que ele apresentava falas desconexas, olhos vermelhos e bafo etílico e se negou fazer o teste do bafômetro. O padre foi encaminhado para a Delegacia da Polícia Civil.

Abalado

O primeiro pedido de fiança e concessão de liberdade foi negado ontem à tarde, pela Justiça local, por falta de documentos. O advogado do padre, José Adalberto Almeida da Cunha, recorreu ontem mesmo ao Tribunal de Justiça, em Curitiba. À noite, ele foi transferido para a o Centro de Detenção e Ressocialização (CDR) de Londrina/PR.

Cunha informou ter acompanhado o acusado desde o momento da prisão. ''Ele disse que não se lembrava do que havia acontecido e estava muito abalado psicologicamente e fisicamente'', afirmou.

A versão de Cunha é a de que o padre teria realizado uma cerimônia de casamento em Londrina e estava voltando a São Paulo, onde mora, e se perdeu em Ibiporã. Andrei estaria tomando medicamentos contra a depressão e a combinação com dois cálices de vinho ingeridos durante a cerimônia o fez perder os sentidos.

''Não o vi nu e acredito que ele não estava nu. Ele estava sem batina porque passou mal e vomitou'', afirmou o advogado Ainda de acordo com Cunha, nenhum menor de idade está envolvido no caso, e nenhuma testemunha se apresentou na delegacia.

Assessoria

Andrei tem 40 anos e é padre há 14. Já atuou na Catedral de Cambé e foi assessor de comunicação da Arquidiocese de Londrina. Atualmente é pároco da Paróquia Rainha dos Apóstolos em São Paulo, além de assessor de comunicação da Região Episcopal da Sé e membro da Comissão Arquidiocesana de Comunicação da Arquidocese de São Paulo. Ele também apresenta semanalmente um programa no canal Canção Nova.

A assessoria de imprensa da Arquidiocese de Londrina informou que o arcebispo dom Orlando Brandes estava fora da cidade ontem, mas pretende se pronunciar sobre o caso ainda esta semana. A reportagem da FOLHA tentou falar com o padre José Alves, da Congregação São Vicente Pallotti, mas ele não atendeu o celular. (Colaborou Fernanda Borges).


Fonte: Folha de Londrina

Padre Silvio Andrei não obtém habeas corpus e está no CDR
Acusado de dirigir nu e embriagado e tentar corromper agente público, religioso é transferido. Igreja não se pronuncia


No início da noite deste domingo (16/05/2010), o padre Silvio Andrei foi transferido da Delegacia de Ibiporã para o Centro de Detenção e Ressocialização (CDR) de Londrina/PR. Mesmo em isolamento, ele estaria sendo alvo de represálias pelos detentos. O advogado do religioso, José Adalberto Cunha, ingressou com pedido de habeas corpus a favor do padre, sem sucesso.

Nesta segunda-feira (17/05/2010), a defesa de Andrei promete ingressar com o segundo pedido de liberdade na Justiça de Ibiporã para que ele responda ao processo em liberdade.

O padre teria recebido uma visita na noite de domingo, já no CDR, em Londrina. A identidade do visitante não foi revelada pelo comandante da unidade, Raul Leão Vidal. O padre está emocionalmente muito abalado, segundo Vidal.

A Igreja Católica ainda não se pronunciou oficialmente sobre a prisão em flagrante do religioso. O padre Antonio Aparecido Pereira, da Arquidiocese de São Paulo, disse apenas que a congregação “está perplexa”. A diocese não deve se pronunciar até a apuração completa dos fatos, afirmou.

Flagrante

O padre foi preso por policiais militares de Ibiporã na madrugada de domingo (16/05/2010), acusado de ato obsceno, embriaguez ao volante e tentativa de corrupção. Silvio Andrei, de 40 anos, atualmente é pároco em São Paulo e tem programa na rádio católica Canção Nova. Ele atuou durante cinco anos em Cambé e tornou-se muito conhecido em Londrina, participando de programas de rádio e TV.

A prisão do sacerdote teria ocorrido após denúncia de que um rapaz teria sido assediado por ele. Segundo a polícia, Andrei foi encontrado nu ao volante de um Fiat Idea. No carro de Andrei, teria sido encontrada uma garrafa com bebida alcoólica. Ele teria tentado subornar os policiais e dito inicialmente que era professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Ex-arcebispo de Londrina diz que noticiar pedofilia é "campanha"

Andrei foi preso em flagrante por prática de ato obsceno, embriaguez ao volante e corrupção ativa. O advogado de defesa do sacerdote, José Adalberto Cunha, declarou que seu cliente havia celebrado um casamento na noite do sábado (15/05/2010) em Londrina, quando tomou duas taças de vinho. Como toma remédios para depressão, sentiu-se mal em seguida. “Quando ele saiu da festa, em direção ao centro de Londrina, acabou se perdendo e foi parar em Ibiporã. No meio do caminho, Andrei passou mal e vomitou na batina, por isso, ele retirou os paramentos”, declarou o advogado.

Versão

O advogado disse ainda que o sacerdote foi algemado e agredido durante a prisão. Ele nega também que tenha havido assédio sexual de seu cliente a um rapaz: "Nenhuma vítima esteve na delegacia", argumentou. A Justiça de Ibiporã negou na manhã deste domingo o pedido de liberdade do sacerdote. Centenas de pessoas se deslocaram até a frente da delegacia de polícia de Ibiporã, por curiosidade ou para dar "apoio ao padre".


Fonte: Londrix