domingo, 23 de março de 2008

Traficante morre na cela da PF

O traficante internacional de drogas, João Mendonça Alves, 38, morreu depois de ser encontrado ferido no pescoço e desacordado na sede da Polícia Federal de São Paulo na tarde deste sábado (22/03/2008). Ele estava preso desde sexta-feira (21), depois que a Polícia Federal apreendeu 1.230 Kg de cocaína em Itatiba, a 84 km de São Paulo. A Polícia Federal instaurou inquérito e trabalha com a hipótese de suicídio.
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Segundo informações da PF, o brasileiro estava preso sozinho em uma cela separada, chamada de inclusão, o que é um procedimento comum com os presos recém-chegados. Ele foi encontrado por volta das 16h de sábado, com três ferimentos no pescoço e bastante sangramento, "possivelmente feito com a faca da refeição". O traficante chegou a ser socorrido no hospital mais próximo (Hospital Sorocabano), mas morreu.
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Ainda segundo a PF, o local passou por uma perícia preliminar neste domingo (23/03/2008). Os outros dois homens do Suriname, que também faziam parte do esquema e foram presos na sexta-feira (21), continuam detidos na carceragem da PF em São Paulo.
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De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, a Polícia Civil instaurou um inquérito no 7º Distrito Policial para investigar as causas da morte.
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O corpo do traficante foi retirado do Instituto Médico Legal (IML) pela família na manhã deste domingo (23) e foi levado para o cemitério Primavera 1, em Guarulhos, onde será sepultado às 16h. Ainda não há data para conclusão do laudo apontando a causa da morte.
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Apreensão
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Na sexta-feira, além de Álves, também foram presos dois surinameses. De acordo com o delegado de combate ao crime organizado da Polícia Federal em São Paulo, Mário Menin Junior, o esquema era investigado havia cerca de dois meses.
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Segundo Menin Junior, a cocaína chegava a um galpão em Itatiba escondida em baterias automotivas de grande porte. Lá, os traficantes transferiam pacotes da droga para caixas de papelão de álcool em gel que, depois, eram exportadas para a Polônia e a Holanda.
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No galpão foram presos os dois surinameses. Na seqüência, o brasileiro foi preso em casa, em Itaquera (zona leste de São Paulo). Conforme as investigações, ele era o responsável pela logística de importação da droga --cuja origem ainda não foi confirmada.